"... Então que seja doce.
Repito todas as manhãs ao abrir a janela para deixar entrar o sol ou o cinza dos dias, bem assim, que seja doce!
Quando há sol e esse sol bate na minha cara amassada do sono ou da insônia, contemplando as partículas de poeiras soltas pelo ar, feito um pequeno universo, repito sete vezes para dar sorte: que seja doce, que seja doce, que seja doce e assim por diante. Mas se alguém me perguntasse o que deverá ser doce (...)
Que seja doce o dia que eu abrir a janela e lembrar você. Que seja doce os finais de tarde, inclusive os de segunda feira - quando começa a contagem regressiva para o final de semana chegar.
Que seja doce a espera pelas mensagens, ligações e recadinhos bonitinhos. Que seja doce (mais do que doce) a voz ao falar no telefone. Que seja doce o seu cheiro. Que seja doce o seu jeito, seus olhares, seu receio.
Que seja doce o seu modo de andar, de sentir, de demostrar afeto. Que seja doce suas expressões faciais, até o levantar de sobrancelha. Que seja doce a leveza que eu sentirei ao seu lado.
Que seja doce a ausência do meu medo. Que seja doce o seu abraço. Que seja doce o modo como você irá segurar na minha mão. Que seja doce. Que sejamos doce... e seremos, eu sei." 


- Caio F. Abreu